Brisa passageira


Retoma-me meu sol
Que agora a escuridão habito
O tempo, o que é o tempo?
Esse de minhas mãos já escorreu
E agora, sem contar as horas
O que sou, de fato?
Uma folha no infinito?
Uma flor no abismo?
Ou um nada na imensidão do paraíso?
Não importa, não há tempo para descobrir
O meu eu, na verdade, não pertence a mim
O meu eu, de verdade, são pedacinhos de luz que foram parar nas mãos alheias da felicidade
O eu, que por toda a vida não descobriu o que foi
Agora é apenas cinzas que foram jogadas ao mar
Criaram asas e, de vagarinho, voaram para onde eu quis estar durante toda aquela vida
A vida que deixei de desfrutar
Porque indaguei mais do que me permitir aproveitar.

2 comentários:

  1. Que texto espetacular. Lindo seu blog.
    Beijos! ;)
    www.desejosteens.com.br

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    Respostas
    1. Oi, Lysia, fico muito feliz que tenha gostado, é de coração <3
      Muito obrigada, flor, volte sempre!
      Beijos :3

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